quinta-feira, 17 de março de 2011

É chegada a hora.

Sentada na sombra de uma árvore em um lugar desconhecido, as 15:19 de uma tarde qualquer, ouvindo loucamente em meus fone de ouvido "kiss", nesse instante enquanto lágrimas brotam em meu olhar eu pressinto o que é que você quer. De óculos escuros, eu posso vejo tudo que você não vê. Amarga-mente solitária, eu me encontro sem ânimo para viver. Distante, pensativa, observando a cada segundo os movimentos de cada folha ao cair pelo chão, cada sopro do vento, cada deslocamento das nuvens, cada som desconhecido, cada sorriso perdido, cada suspiro tão falso, viajando em lembranças de momentos que já não fazem o mínimo sentido. Por segundos uma pergunta se forma em minha mente ... Como será que eu reagiria a morte, completamente sem resposta ela fica ali meio ofuscada por outras idéias e perguntas sem respostas, mas sempre que possível se mostra presente e de certa forma me assusta. Perceber que pode ser o fim de tudo não é nada fácil de aceitar, porém por que não me encontro apavorada ou mesmo desesperada ? Estarei eu então amadurecendo verdadeiramente ou talvez aprendendo a ocultar meus sentimentos ? Como poderei ficar mais abatida com brigas bobas do que com o fim de uma vida ? Outra pergunta sem resposta ... Não compreender o que há consigo é terrível, também um tanto complicado, pois como saberei se não me torno hoje um perigo ? Minha antipatia que uso como escudo, enoja a muitos, mas como ser simpática com quem só busca minha inimizade. Reconheço que ultima-mente tenho afastado muitos de mim ... ou será que sempre foi assim ?
Dizem que é preciso pagar certos preços pra gostar de alguém, e por que não aguentar um pouco pra conviver comigo ?
Horas se passam e nada fica claro, meio confusa ainda vejo que devo fazer reparos.
Lágrimas que preferem não rolar agora me mostram que é hora de mudar !